Abilio Diniz é um dos mais conhecidos empresários brasileiros. Não foram poucas as vezes que ele precisou se reconstruir em meio a tantas adversidades, sejam elas familiares, empresarias ou macroeconômicas. Mas ele sempre deu a volta por cima e voltou mais forte do que antes.
Abilio é um dos poucos brasileiros dentro da lista de bilionários da Revista Forbes. Cristiane Correa, no livro Abilio, conta a trajetória de vida pessoal e empresarial deste grande empreendedor brasileiro.
No resumo do livro Abilio você vai conhecer a história de vida e os grandes ensinamentos do homem que levou o Grupo Pão de Açúcar a se tornar o maior grupo varejista da América Latina.
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Abilio vs. Jean-Charles
De 2 a 6 de setembro de 2013 ocorreu um dos maiores confrontos de negócios da história. De um lado estava Abilio Diniz e do outro Jean-Charles Naouri, presidente do grupo francês Casino e sócio de Abilio no Pão de Açúcar.
Os 2 travavam uma disputa pela companhia brasileira. Para entender porque Abilio não queria ceder o controle da empresa, antes você precisa entender de onde vem a personalidade deste grande personagem.
Origens
Em 1929, aos 16 anos de idade, Valentim dos Santos Diniz deixou o interior de Portugal e partiu para o Brasil em um navio de terceira classe.
Ao atracar primeiramente no Rio de Janeiro, a primeira coisa que o imigrante avistou foi o Pão de Açúcar. De lá, a embarcação seguiu para o porto de Santos.
Valentim dos Santos Diniz se estabeleceu em São Paulo, onde tinha familiares, e conseguiu seu primeiro emprego em um empório, como balconista, apresentando talento como comerciante.
Depois de um tempo Valentim se tornou sócio do mercado e ali mesmo conheceu a jovem Floripes, também de origem portuguesa e cliente do estabelecimento. Os dois se casaram em 1936.
Juntos, Valentim e Floripes investiram em uma pequena mercearia e foram morar em uma edícula nos fundos do terreno do comércio. Alguns meses depois, em 28 de dezembro, nascia o filho mais velho da família: Abilio dos Santos Diniz.
Em 1943 nascia o irmão de Abilio, Alcides. Nos anos que se sucederam, Valentim e Floripes tiveram mais quatro filhos: Arnaldo, Vera Lúcia, Sônia e Lucília.
O Primeiro Negócio da Família
Depois de adquirir um mercadinho e uma padaria, Valentim dos Santos Diniz decidiu seguir por outro ramo. Ele comprou dois imóveis e, a partir deles, construiu um pequeno prédio.
Em 2 andares, ergueu 8 apartamentos. Já o térreo foi dedicado a um novo negócio, uma doceria. No dia 7 de setembro de 1948 o estabelecimento abriu as portas. Seu nome era Pão de Açúcar, em homenagem à primeira visão de seu Santos ao aportar no Brasil. Abilio, na época com 12 anos, logo se habituou a circular por aquele ambiente.
Vida Acadêmica
Abilio se casou a primeira vez ainda na faculdade, com Auriluce, com quem namorou por quase 7 anos. O primogênito da família Diniz se formou em administração de empresas e traçou planos para seguir carreira acadêmica no exterior.
Abilio planejava concluir a FGV e fazer uma pós-graduação na Universidade de Michigan. Depois, seria professor.
Mas seu Valentim não queria ver o filho ir embora. Então para convencê-lo a ficar, seu Santos apelou para uma das características marcantes do primogênito: a ambição.
O Início do Grupo Pão de Açúcar
Valentim perguntou o que Abilio achava de ter um supermercado. Abilio aceitou o desafio e logo em seguida a segunda loja do Pão de Açúcar foi inaugurada.
No início, a família Diniz acreditava que o Pão de Açúcar deveria ter todos os terrenos em que se instalassem os supermercados e que também deveriam eles mesmos construir suas lojas.
Mas para crescer e expandir eles precisaram abrir mão dessas convicções. Dessa forma, no final da década de 1960, o Pão de Açúcar já tinha mais de 60 lojas em 17 cidades.
Copiar, Copiar, Copiar
Abilio sempre foi adepto de uma regra para impulsionar o crescimento de sua empresa: copiar, copiar, copiar. Ele não hesitava em se inspirar nos concorrentes brasileiros e também internacionais.
Com o crescimento expressivo, o Pão de Açúcar começou a ser reconhecido como uma importante rede varejista brasileira e começou a ensaiar os primeiros passos no exterior.
A estreia foi em Portugal, em 1969, com a abertura de um supermercado em Lisboa. Na sequência, o grupo chegou também na Angola e Espanha.
Naquela época Abilio Diniz já era um empresário conhecido, que circulava com desenvoltura por Brasília e havia se tornado interlocutor frequente de jornalistas.
Disputas Familiares
A história de Abilio é marcada por algumas grandes disputas familiares. Isso começou em 1970, quando o patriarca da família Diniz decidiu fazer uma doação em vida para os filhos.
Abilio, que desde o início da atividade dos supermercados detinha 16% da empresa, permaneceu com essa fatia. Alcides e Arnaldo receberam, cada um, 8% de participação. As filhas Vera, Sônia e Lucília, que nunca haviam trabalhado na empresa, ganharam, cada uma, 2% da empresa.
Com a distribuição acionária, se abriu espaço para que os herdeiros passassem a trabalhar na empresa. Naquele momento, a autoridade de Abilio não era questionada.
O arranjo funcionou por algum tempo, mas com o passar dos anos as disputas entre os irmãos começaram a emergir.
Enquanto Alcides articulava para conseguir o apoio dos irmãos e da mãe, Floripes, casada em comunhão de bens com seu Santos, Abilio ficava cada vez mais isolado.
Naquela hora, a autoridade de Abilio no Pão de Açúcar, até então inquestionável, começava a ser discutida pelos irmãos.
Sequestro e Cativeiro
Um episódio terrível na vida de Abilio aconteceu na manhã de 11 dezembro de 1989. Adepto fanático dos esportes, Abilio resistia em incorporar em sua rotina uma segurança pessoal.
Naquela manhã Abilio deixou seu apartamento no horário habitual, antes das 8 da manhã, dirigindo sozinho. Pouco depois de deixar seu prédio, uma ambulância atravessou seu caminho e parou em frente ao carro.
Abilio estranhou, mas não entrou em pânico. Logo em seguida, sentiu que algo havia se chocado contra a traseira de seu veículo. Encurralado, não podia seguir adiante nem dar ré.
Ainda assim, Abilio pensou que conseguiria contornar a situação. Numa fração de segundo, imaginou que bastaria usar sua arma e sair do carro desferindo socos e pontapés para se livrar do ataque. Só que um dos bandidos conseguiu desarmá-lo.
Abilio foi encapuzado e jogado no banco traseiro de um dos carros dos sequestradores. Ele passou 6 dias em um cativeiro, um cubículo subterrâneo de menos de 5 metros quadrados.
Na manhã de 16 de dezembro o cativeiro foi descoberto e uma longa negociação que durou quase 36 horas teve início.
Às 17:05h de domingo, 17 de dezembro, diante das câmeras de TV e de fotógrafos dos principais veículos de comunicação do país, Abilio Diniz foi libertado.
Da Quase Falência ao Sucesso
O Pão de Açúcar quase foi à falência no início da década de 1990, mas Abilio conseguiu conduzir a companhia ao sucesso, abriu o capital da empresa, lançou seus papéis na bolsa de Nova York e atraiu um sócio estrangeiro.
Em 1997, quando Abilio já havia se tornado o legítimo controlador do Pão de Açúcar, sem precisar mais prestar contas a seus irmãos, o Pão de Açúcar iniciou uma onda de aquisições. Foram 35 redes em 15 anos.
A Entrada do Grupo Casino
Tempos depois, duraram meses de negociações entre Casino e Pão de Açúcar, em agosto de 1999, o Casino comprou 24,5% do Pão de Açúcar por U$854 milhões.
A convivência entre Pão de Açúcar e Casino, iniciada em 1999, se manteve cordial por anos. Mesmo após aumentar a participação no Pão de Açúcar, em 2005, o Casino mantinha uma atuação comedida, apenas ocupando assentos no Conselho de Administração e só.
O clima entre as partes começou a dar os primeiros sinais de desgaste, ainda que de forma discreta, no início de 2009.
O Casino tinha regras que limitavam seu endividamento, o que afetava os planos do Pão de Açúcar.
Então Abilio tomou a iniciativa de procurar Jean-Charles Naouri para achar uma forma de contornar uma situação que poderia, em seu entendimento, comprometer o crescimento da companhia.
A partir de junho de 2012, quando o Casino assumiria o controle da CBD, seria mais difícil mudar essa regra. Mas mesmo com a tentativa de Abilio, as conversas não foram muito adiante.
O Início do Combate
Em setembro de 2010 Naouri veio ao Brasil para participar da reunião de planejamento estratégico da companhia. A conversa foi tensa e inconclusiva. Desconfiado, Naouri começou a se preparar para um eventual embate.
Abilio argumentava que queria renegociar o contrato para preservar o crescimento da empresa, mas para Naouri o empresário brasileiro havia se arrependido da venda em 2005 e buscava uma manobra para não ter que entregar o controle da companhia.
A negociação foi dura, mas Jean-Charles Naouri, presidente do grupo francês Casino, foi irredutível. Ele não cedeu.
A Saída de Abilio
Contrariado, Abilio deixou o Pão de Açúcar entre 2012 e 2013 e aumentou muito seu patrimônio após vender todas as suas ações da rede varejista.
De acordo com a revista Forbes, ele era o nono homem mais rico do Brasil, com uma fortuna estimada em U$4,4 bilhões.
Uma Nova Caminhada
Tão importante quanto esse caixa era a inabalável vontade de Abilio de construir grandes negócios.
Abilio já tinha um grande investimento na BRF e, em abril de 2013, assumiu a Presidência do Conselho de Administração da companhia. O objetivo era reestruturar a Península e prepará-la para voos maiores.
As transformações que a BRF foi submetida trouxeram resultados. O lucro da companhia saiu de R$700 milhões em 2012 para R$2,2 bilhões em 2014. No mesmo período, o valor de mercado da companhia foi de R$37 bilhões para R$55 bilhões.
Em 18 de dezembro de 2014 a Península comprou 10% da operação brasileira do Carrefour e, em 2015, adquiriu mais 2% da companhia.
Em abril de 2015 Abilio anunciou o aumento de sua participação no Carrefour S.A., na França, para 5,07% do capital da companhia, se tornando o quarto maior acionista da varejista.
Resumo do Livro Abilio
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