O fato é que tomamos milhares de decisões diariamente.
Entretanto, algumas delas não são decisões comuns.
Algumas decisões, certamente, são especiais, porque têm o poder de transformar o rumo inteiro de nossas vidas.
Uma decisão capaz de mudar completamente a sua trajetória de vida pode ser chamada de Ponto de Inflexão.
Dependendo das suas escolhas, dos seus pontos de inflexões, você tomará direções completamente opostas em sua história.
A necessidade de tomarmos inúmeras decisões ao longo de nossas vidas pode comprometer nossa habilidade de inovar, de pensar e agir “fora da caixa”.
Quando deixamos que a vida nos leve, renunciamos ao papel de protagonistas de nossas próprias vidas.
É por esse motivo que saber identificar os pontos de inflexão que, sem dúvida, chegarão em nossas trajetórias, é fundamental para não sermos abandonados e, assim, perdermos o “bonde da vida”.
No resumo do livro Ponto de Inflexão, de Flávio Augusto da Silva, você descobrirá quais foram os pontos de inflexão que transformaram a trajetória de Flávio, para que possa tomar melhores decisões e mudar a sua vida.
Resumo do Livro Ponto de Inflexão
O Que é um Ponto de Inflexão?
Um ponto de inflexão é uma decisão que, devido à sua magnitude e importância, pode mudar completamente a sua vida.
Você acredita que saberá o que fazer da próxima vez que estiver diante de um desses momentos?
Muitas pessoas, infelizmente, não conseguem identificar essas situações e, por consequência, tendem a priorizar o conforto. Note que essas escolhas não são fruto de reflexões conscientes, mas são feitas por pura comodidade.
Em outras palavras, a maioria das pessoas apenas segue o fluxo, repetindo as ações e escolhas dos outros.
Agir de maneira diferente da maioria não significa ficar para trás. Pelo contrário, tomar outro caminho implica escolher um rumo não convencional: o caminho do sucesso.
É fundamental entender que, em nossas vidas, não existe somente um caminho a ser seguido. Existem infinitas possibilidades que podem levá-lo muito além do que você imagina.
Flávio Augusto fala para todos que não têm medo de escolher um caminho diferente do escolhido pela maioria, ou seja, quem deseja aprender a identificar cada um dos pontos de inflexão da própria vida e saber quais decisões tomar diante deles.
O Clique da Autoconfiança
Flávio Augusto da Silva, um jovem estudante de escola pública, nascido na periferia do Rio de Janeiro, na oitava série, decidiu que participaria de um dos concursos públicos mais difíceis do Brasil para entrar no Colégio Naval.
Ao final do curso preparatório, pago através de todo salário da mãe de Flávio, que tinha dois empregos, ele não passou na prova.
Diante disso, ele tinha duas opções: entrar para o ensino médio e desistir de entrar no Colégio Naval ou interromper os estudos tradicionais e se preparar por mais um ano para realizar a prova do concurso.
Com cerca de 14 anos, Flávio se deparou com seu primeiro ponto de inflexão, pois cada uma das alternativas o levaria a destinos bem distintos.
Decidido a passar no concurso, Flávio optou por mão se matricular no ensino médio e fez por mais um ano o curso preparatório, que era bancado com todo o salário de sua mãe.
Ao final do ano, apesar de estar muito confiante e ter ido bem na prova, mais uma vez, Flávio foi reprovado.
Diante de outro fracasso, decidido a passar na prova, Flávio perseverou e focou todas as suas energias no curso preparatório pelo terceiro ano consecutivo, estudando como um louco.
Depois de tanto esforço e dedicação, Flávio finalmente foi aprovado.
Naquela altura, a descoberta de sua autoconfiança era um ingrediente muito mais importante do que Flávio era capaz de perceber naquele momento.
Quando ingressou na Marinha, logo no início Flávio percebeu que não se adaptaria ao sistema militar. Muito criativo e de espírito indomável, Flávio não se encaixa nos padrões impostos pelo sistema.
Naquela hora, Flávio se deparou com mais um ponto de inflexão: sair da Marinha imediatamente, ficar e ver no que iria dar ou tentar mudar a Marinha.
Sabe o que ele escolheu?
Uma opção entre a segunda e terceira alternativas, o que fez com que Flávio fosse convidado a se retirar da Marinha.
Diante da decepção do pai, sem avisar a ninguém, Flávio prestou novamente o concurso e passou, apenas para mostrar para o pai que não seguiria na vida militar por opção e não por não ser capaz, reconquistando o respeito do pai.
O Bico
Flávio Augusto conta que seus motivos iniciais para ganhar dinheiro não podiam ser mais singelos: estava apaixonado e precisava de dinheiro para pagar o sorvete da namorada.
Suas alternativas eram: pedir dinheiro a seu pai, pedir que a moça pagasse a conta, abandonar a ideia de ter uma namorada ou vencer a inércia e conquistar seu próprio dinheiro, por meio da venda de um produto.
Ao optar pela quarta alternativa, Flávio descobriu, dentro de pouco tempo, que havia adquirido uma habilidade: vender.
A partir disso, começou a refletir a respeito de como era possível alguém passar o dia todo trabalhando em uma empresa somente para obter um salário no fim do mês se poderia ganhar mais apenas comercializando relógios, como estava fazendo.
Com isso em mente, enquanto aguardava o segundo semestre se iniciar para cursar a faculdade de Ciências da Computação, sem pretensão nenhuma Flávio se candidatou a uma vaga de emprego que havia visto no jornal.
A vaga era em uma empresa de ensino da língua inglesa e não oferecia benefícios, ajuda de custo e nem carteira assinada.
Flávio tinha todos os motivos para continuar em seu projeto de iniciar a faculdade, mas decidiu apostar suas fichas, enfrentando mais um ponto de inflexão.
Nos primeiros seis meses, Flávio foi promovido três vezes e antecipou seus planos de casamento com Luciana, sua namorada.
Eu Não Vou Contratar Você
Em certo momento, Flávio enfrentou um período de poucas vendas. Naquela hora, emocionalmente abalado, ele seguiu a sugestão de um tio de sua namorada e se candidatou a uma vaga em uma multinacional.
Após passar por parte do processo seletivo, Flávio comunicou o aviso prévio na empresa que trabalhava.
Quando estava prestes a ser contratado, Flávio recebeu um balde de água fria ao ter a vaga negada pelo gerente geral da multinacional, que percebeu em Flávio um potencial muito grande para permanecer preso naquela empresa.
Larguei 7 Mil Dólares Por Mês
Depois do conflito interno que quase redundou na saída de Flávio para trabalhar numa multinacional, as coisas voltaram a caminhar bem.
Flávio engatou uma nova fase como gerente júnior e passou a recrutar e treinar novos vendedores, até galgar o posto de diretor comercial e receber uma proposta para abrir uma escola da rede em que trabalhava na Venezuela.
Após pensar juntamente com Luciana por uma semana, Flávio aceitou a proposta.
Enquanto gerava ótimos resultados na Venezuela, solicitaram que Flávio retornasse ao Brasil para assumir o cargo de diretor regional.
Quando retornou, Flávio percebeu que a operação da empresa não funcionava da melhor forma possível, além do produto apresentar deficiências.
Após alguns anos atuando exclusivamente no setor comercial daquela organização, Flávio Augusto passou a ficar mais atento em relação à forma como a operação funcionava, percebendo que a quantidade de retenção dos estudantes era baixa, isto é, poucos permaneciam no curso.
Flávio percebeu que o motivo disso era a qualidade dos produtos oferecidos por parte da presa, que apresentavam graves deficiências.
Mesmo conversando com os donos da empresa, eles não se interessaram pelas observações de Flávio e decidiram não investir na melhoria do produto.
A partir disso, ele se viu em meio a um amargo conflito ético, afinal, é imprescindível acreditar nas qualidades dos produtos com os quais trabalhamos.
Diante disso, Flávio Augusto se deparou com 3 diferentes possibilidades:
- Ignorar os problemas referentes à qualidade dos produtos e seguir na empresa ganhando os seus habituais 7 mil dólares mensais;
- Permanecer por mais 1 ano na organização, a fim de acumular capital suficiente para iniciar um novo projeto, o que afetaria a sua liderança, à medida que se tornaria um líder carente de convicção;
- Arriscar tudo e começar um negócio próprio, mesmo sem dispor do capital inicial necessário.
No auge de sua carreira profissional, atuando como diretor ainda muito jovem, no melhor ano de sua carreira, realizando mais de seiscentas matrículas por mês, com sua performance e credibilidade amplamente reconhecidas, Flávio Augusto optou pela terceira alternativa.
A falta de capital era algo que Flávio considerava um risco menor e estava plenamente disposto corrê-lo.
Com R$20.000,00 do cheque especial, pagando juros de 12% ao mês, Flávio Augusto iniciou sua empresa.
No primeiro ano de Wise Up, as matrículas realizadas superaram as expectativas, cerca de 1.100, e uma filial foi aberta em São Paulo.
Quando Quase Quebrei
O Começo da Wise Up, em 1995, foi meteórico.
Mensalmente centenas de alunos eram matriculados e o fluxo de caixa recorrentemente entrava na conta da escola, o que permitiu que Flávio expandisse seu negócio para outras cidades do Brasil, além de Rio de Janeiro e São Paulo.
Nos primeiros 3 anos, foram inauguradas 24 escolas, uma média de uma nova escola própria a cada 45 dias.
Aos 26 anos, Flávio já contava com mais de 1.000 funcionários e um faturamento de dezenas de milhões por ano.
Porém, no quarto ano de operação, em 1999, Flávio conta que cometeu um grande erro, ao combinar arrogância com acomodação.
Naquele período a empresa quase quebrou, porque começou a dar prejuízo, e Flávio se viu diante de uma situação complicada, mas tomou a decisão de superar as dificuldades junto com Luciana, negociando com bancos e parceiros.
Naquela época, Flávio aprendeu que uma escolha equivocada afetaria não só a ele, mas todos que o rodeiam, além da importância de se ter coragem e humildade.
Após convocar toda a sua equipe comercial para uma reunião, Flávio abriu o jogo e admitiu seus erros, além de apresentar um plano de recuperação para a empresa.
Com muito sucesso, a Wise Up dobrou os resultados das vendas em menos de 6 meses, finalizando o ano de 2000 com tudo muito bem encaminhado financeiramente e um plano de expansão através de franquias perfeitamente alinhado.
A Saga da Gestão à Distância
Em 2005, após completar 10 anos de existência, a Wise Up já havia alcançado a marca de 100 escolas na rede através do modelo de franquias e por conta disso realizou alguns projetos estruturais.
Naquele momento, Flávio percebeu que tinha em suas mãos um negócio com grande potencial de crescimento.
Ao perceber o valor de mercado de sua empresa, Flávio entendeu que sua empresa fosse menos dependente de sua atuação e que precisaria gerir a companhia de outra forma.
Naquela hora, Flávio decidiu que era o momento de institucionalizar a Wise Up e de despersonalizá-la porque uma empresa que é dependente de seu fundador está em sérios apuros.
Para concretizar este objetivo, Flávio e sua família foram morar na Austrália, com a intenção de implementar uma gestão à distância na Wise Up, aprender inglês e aproximar a família.
Por 7 meses o plano parecia estar funcionando, até a performance da empresa dar sinais de enfraquecimento.
Mesmo após se reunir com o diretor executivo, as inconsistências continuaram e o plano de Flávio de ficar fora por um ano precisou ser modificado.
No 8º mês, Flávio retornou ao Brasil e reassumiu o negócio, terminando o ano com uma excelente taxa de crescimento.
Todo o processo foi importante para Flávio e sua equipe entenderem que não estavam prontos para a mudança.
Entre 2007 e 2009, a Wise Up dobrou de tamanho e passou a chegou a 200 escolas.
Flávio afirma que naquele momento o time de executivos estava bem mais consolidado e, mesmo morando em Curitiba, ele atuou como se estivesse na Austrália, cobrando as responsabilidades dos executivos e mantendo a visão da empresa como outsider.
Em 2009, sentindo o amadurecimento da empresa, Flávio não teve dúvidas: ele estava pronto para sair, mas, dessa vez, com o time e ele mais preparados.
Flávio e sua família decidiram se mudar para os Estados Unidos, por tempo indeterminado.
Com o crescimento cada vez maior da Wise Up, a rede de escolas foi vendida para o Grupo Abril, em 2013, por R$877 milhões.
No período de aproximadamente 3 anos, de 2013 a 2016, que era para ser um período sabático, Flávio comprou um clube de futebol nos Estados Unidos, o Orlando City, construiu um estádio, fundou o meuSucesso.com, recomprou a W
Disse Não Para 200 Milhões de Reais
Voltemos ao ano de 2008.
Naquela época, com o crescimento acelerado da Wise Up, Carlos Wizard Martins, fundador da Wizard, contatou Flávio Augusto. Uma reunião foi marcada na sede da Wise Up e um novo projeto foi apresentado.
Em certo momento, Carlos Wizard disse: “Flávio, nesta sala há uma riqueza que não se pode ver. Ela se chama ‘equity’. É o que sua empresa vale. Como empreendedores, é natural que busquemos por maiores margens de lucro, porém, em muitas ocasiões, ao compreendermos o equity, somos capazes de acessar uma riqueza ainda maior.”
Flávio, sem entender bem o assunto, balançava a cabeça. Na prática, Wizard estava lhe dando uma aula. Aquele foi o primeiro passo para que ele atingisse uma compreensão mais profunda do que deveria ser feito.
Carlos Wizard solicitou que Flávio Augusto marcasse uma reunião com seu filho, Charles, caso ele estivesse interessado em prosseguir com o diálogo.
Como a reunião foi marcada para dali a 3 semanas, durante aquele tempo Flávio aproveitou para pesquisar a respeito dessa suposta riqueza, o equity.
Na reunião, Flávio Augusto fez questão de ser bastante objetivo e perguntou, logo de cara, o que Charles desejava.
O filho de Wizard propôs comprar a Wise Up por 200 milhões de reais
Até aquele momento, aos 36 anos de idade, Flávio Augusto havia acumulado algo em torno de 15 milhões de reais.
Sendo assim, a quantia de 200 milhões de reais poderia representar para ele, em uma época em que o CDI girava em torno de 12% ao ano, ganhos de 24 milhões de reais anuais, sem correr riscos ou fazer qualquer esforço.
Flávio Augusto recebeu um mês para refletir sobre a proposta e dar sua resposta final.
No fim do período, Flávio, tendo aprendido o conceito de equity, recusou a proposta feita por Charles.
Sabe qual foi o resultado?
A Wise Up continuou crescendo com o passar do tempo e, periodicamente, Charles fez novas propostas.
Primeiro, Charles ofereceu R$500 milhões, proposta que foi recusada.
Em 2010, Flávio assinou um acordo de confidencialidade com um grande fundo americano. A proposta deles avaliava a Wise Up em R$700 milhões e eles queriam comprar apenas 30% da companhia.
Dois meses mais tarde, Charles voltou a entrar em contato. Dessa vez, fez uma proposta irrecusável: R$990 milhões à vista. Como seu sócio, ele tinha um grande banco brasileiro.
A diferença é que, naquele mesmo momento, outro grande grupo também estava na jogada: a Abril educação.
Aquele ponto de inflexão desafiou a percepção de timing de Flávio. Perante uma única opção, ele poderia perder o que chama de “bonde da vida”.
Afinal, uma das coisas mais difíceis consiste em definir com precisão quando é a melhor hora para entrar e/ou sair desse bonde.
Por fim, a Wise Up finalmente foi vendida para o Grupo Abril, em 2013, pelo valor de R$877 milhões.
Eu Sou GV
Em 2011, com muito sucesso em sua gestão à distância, Flávio decidiu ampliar fronteiras e impactar pessoas no Brasil inteiro com a força gerada por seus conteúdos, antes presentes apenas dentro da Wise Up.
Flávio começou a postar conteúdos diários compartilhando sua experiência na gestão de pessoas e em negócios através do YouTube, Twitter, Facebook e, por fim, Instagram.
Sua meta era fazer as pessoas refletirem a respeito do modelo padronizado apresentado para todos na sociedade. Ele queria que as pessoas enxergassem que a vida era muito mais do que a CLT e existiam várias outras formas de vida, principalmente o empreendedorismo.
O nome escolhido por Flávio foi Geração de Valor, uma expressão de duplo sentido.
Um dos sentidos está relacionado às novas gerações que tinham valores nobres e raros e o segundo sentido referia-se à expressão técnica do mercado financeiro, Geração de Valor, ou seja, criação de riquezas.
A página de Flávio no Facebook explodiu e logo se tornou seu principal canal de comunicação.
Virei Cartola Nos Estados Unidos
Em 2012, quando estava prestes a vender a Wise Up, Flávio começou a estudar a possibilidade de adquirir um time de futebol em Orlando.
Como levava seu filho para jogar futebol quase todo o final de semana, atuando como uma espécie de motorista particular, Flávio percebeu que o futebol era uma grande febre nos Estados Unidos.
Farejando uma oportunidade, Flávio encomendou uma pesquisa e descobriu um resultado surpreendente: 24 milhões de indivíduos, entre 5 e 17 anos, jogavam futebol, o que colocava o esporte como o mais praticado pelas crianças no país.
Além disso, a média de público era de 21 mil torcedores por jogo, número superior ao campeonato brasileiro, paulista e carioca.
Dessa forma, com a venda da Wise Up, Flávio investiu parte do patrimônio e no mesmo ano concretizou a compra do clube Orlando City.
Flávio enxergou que o timing era perfeito para fazer aquele investimento. Essa decisão, um grande ponto de inflexão, exigiu a coragem de saltar no desconhecido, num setor que Flávio nunca havia atuado e num mercado extremamente competitivo que demandou muito investimento.
Minha Filha Voltou Para Casa
Ao concluir a venda da Wise Up, em 2013, Flávio disse o seguinte:
A melhor descrição que eu consegui achar que pudesse retratar o meu sentimento naquele momento foi a que o pai sente ao ver sua filha se casando. O pai certamente se lembra das noites sem dormir, das vezes que embalou a filhinha em seus braços, das vezes em que chegou em casa e foi recebido por um abraço pulando no seu colo, das conversas na cama antes de dormir, beijinho de boa noite e de todas as vezes em que ficou ao lado do berço, observando seu anjinho dormindo e sua respiração. De repente, ela encontra uma pessoa e decide ir embora de casa para viver com ela. No altar, o pai entrega o seu anjinho para essa outra pessoa e nada mais será como antes. Esse foi o meu sentimento.
Três meses após a aquisição da Wise Up, Roberto Civita, fundador e controlador do Grupo Abril, faleceu.
Os filhos do fundador não tiveram interesse em dar continuidade aos negócios e venderam a companhia em um momento delicado do país, entre 2014 e 2015.
No final de outubro de 2015, Flávio foi procurado pelo fundo que era proprietário da Wise Up e recomprou a companhia por R$398 milhões.
Em 2017, Carlos Wizard Martins comprou 35% da Wise Up por R$200 milhões e a holding Wiser Educação foi criada com o intuito de criar a maior rede de escolas de inglês do Brasil.
O ano de 2018 começou com força total para a Wiser Educação. Na época, mais de 40 escolas foram abertas e o crescimento da rede superou os 50%, fazendo com que o grupo, segundo avaliação do mercado, superasse seu maior valor histórico alcançado no momento da venda, em 2013.
O Eterno Recomeço
Com um patrimônio que poderá ser maior que R$5 bilhões em 2022, aos 50 anos, Flávio afirma que seria muito repetitivo trabalhar por mais 10 anos para elevar seu patrimônio para R$50 bilhões.
Flávio diz que quer um novo ponto de inflexão, trocando mais algumas dezenas de bilhões de reais por uma vida que, para ele, terá mais significado.
Flávio deseja ver a mudança na vida das pessoas que hoje são rejeitadas pela sociedade e quer ser um ponto de inflexão na vida delas, dedicando 100% do seu tempo a isso.
A mensagem final de Flávio é a seguinte: “Não tenha medo. Salte de bungee jump.”
