Resumo do Livro Superprevisões (Philip Tetlock)

Resumo do Livro Superprevisões (Philip Tetlock)

Tudo aquilo que decidimos está ligado com prognósticos a respeito do futuro, nós agimos baseados em decisões implícitas do que provavelmente irá acontecer.

O problema disso é que, na maioria das vezes, mais erramos do que acertamos.

O psicólogo e cientista social Philip Tetlock demonstrou, através de um estudo que durou vinte anos, que um especialista é somente um pouco melhor do que um leigo ao prever o futuro.

Mas, baseando-se nos resultados de uma inovadora pesquisa, Philip Tetlock provou que algumas pessoas têm uma capacidade extraordinária de prever com 60% mais precisão do que a maioria das pessoas.

O livro Superprevisões mostra os segredos dessas pessoas e também como nós mesmos podemos utilizar vários conselhos práticos em nosso favor.

Se você quiser melhorar a sua capacidade de prever o futuro, independentemente da área, veja agora o resumo do livro Superprevisões.

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As Superprevisões

Em determinadas áreas, como resultados de jogos esportivos, previsões do tempo e mercado de ações, constantemente tentamos prever o futuro.

Mas essas não são as únicas áreas em que podemos criar previsões, na maioria das áreas da vida nós tentamos prever as coisas, e nos incomodamos quando elas não saem como esperávamos.

A função das superprevisões, que são corrigidas e realinhadas a cada nova informação e analisadas e melhoradas depois que o momento da previsão passa, é garantir que as nossas previsões se tornem melhores e mais precisas.

As superprevisões são habilidades reais e mensuráveis que podem ser ensinadas e melhoradas através dos investimentos certos.

As pessoas confiam cada vez mais em suas previsões e nunca querem estar erradas. O problema é que isso pode sabotar as métricas e ocasionar interpretações equivocadas a respeito do futuro.

Uma Pessoa Pode Gerar um Grande Impacto

De modo geral, aquilo que prevemos se baseia nas nossas expectativas em relação ao futuro. Seja escolhendo investimentos ou pensando em nossa carreira, estamos o tempo todo fazendo previsões.

Só que, apesar disso, as decisões são muito limitadas, porque eventos que não conhecemos podem levar a consequências que nunca imaginaríamos.

Vivemos em um mundo complexo demais, onde apenas uma pessoa pode provocar grandes eventos.

Um exemplo claro é a Primavera Árabe que começou quando Mohamed Bouazizi, um vendedor da Tunísia, ateou fogo em si próprio depois de ser humilhado por policiais corruptos.

A teoria do caos, também conhecida como ‘efeito borboleta’, demonstra o porquê é tão difícil prever um evento desse tipo.

Segundo o meteorologista americano Edward Lorenz, em sistemas não-lineares como a atmosfera da Terra, mesmo as menores mudanças podem gerar um considerável impacto.

Se a trajetória do vento muda, mesmo que minimamente, os padrões de clima, em longo prazo, podem mudar substancialmente.

Explicando do jeito mais clássico e dramático possível, uma borboleta que bate as asas no Brasil pode desencadear um furação no Texas.

As Previsões Precisam Ser Avaliadas Rigorosamente

Apesar das previsões serem limitadas, não podemos jogar fora a importância delas,

Por exemplo, pense na meteorologia. As previsões do tempo geralmente são confiáveis, quando feitas poucos dias antes.

As previsões do tempo são relativamente confiáveis porque os meteorologistas analisam a precisão de suas previsões depois do acontecido.

O problema é que, em muitas previsões, as pessoas não investigam e medem a precisão de suas previsões.

Então, para melhorar as suas previsões, você precisa medir a precisão, comprometendo-se totalmente com as métricas para comparar, com total seriedade, se o que você pensava que aconteceria condiz com o que realmente aconteceu.

Sentir-se certo não é o mesmo que estar, de fato, certo. Por isso, confiar nas métricas é a forma mais produtiva de acabarmos com qualquer desvio de informação ao qual podemos estar expostos.

Porcentagens e Especificidade Fazem Toda a Diferença

Medir previsões não é tão fácil quanto você pode imaginar.

Para garantir a precisão das previsões, você precisa, antes de tudo, entender o significado da previsão original.

Além disso, evite uma linguagem vaga, as previsões precisam de números para que as chances de acerto aumentem.

Quem faz uma previsão precisa ser altamente preciso, inclusive usando palavras especificamente precisas, além de porcentagens.

O Método Brier Para Medir a Precisão Das Previsões

Para você alcançar uma maior precisão, a melhor maneira é manter uma pontuação.

O método mais utilizado para medir a precisão das previsões é o método Brier, batizado em homenagem a Glenn W. Brier, que é baseado em uma pontuação.

A pontuação só pode ser usada para resultados binários, onde há apenas dois eventos possíveis, como por exemplo “choveu” ou “não choveu”.

Também poderia ser usada para resultados categóricos, desde que eles possam ser estruturados como resultados binários, ou seja, “verdadeiro” ou “falso”.

Quanto mais baixa é a nota, mais precisa é a precisão. Sendo que, uma nota zero gera uma precisão perfeita.

Por exemplo, se você está prevendo a possibilidade de chuva em um determinado dia, você calcula a pontuação Brier da seguinte forma:

  • Se a previsão for 100%, a probabilidade é igual a 1, e chove, então a pontuação de Brier é 0, o melhor resultado possível.
  • Se a previsão for 100% e não chover, a pontuação de Brier será 1, o pior resultado possível.
  • Se a previsão for de 70%, a probabilidade é igual a 0.70, e chove, então a pontuação Brier é (0.70−1) 2 = 0.09.

Pessoas Com Superprevisão Usam o Método de Fermi

Pessoas capazes de fazer excelentes previsões não são gênios com informações privilegiadas, na verdade, essas pessoas lidam com um problema impossível quebrando-o em problemas menores.

Isso é conhecido como o estilo de pensamento Fermi, baseado no físico Enrico Fermi, figura central na criação da bomba atômica, que estimou com uma precisão incrível, por exemplo, o número de afinadores de piano em Chicago, sem possuir nenhuma informação prévia.

A solução para este problema envolve a tomada de alguns pressupostos, e a multiplicação dos fatores. Primeiro, devemos assumir algumas hipóteses:

  1. Existem aproximadamente 9 milhões de pessoas morando em Chicago;
  2. Existem, em média, duas pessoas morando em cada casa em Chicago;
  3. Uma casa em vinte possui um piano que é afinado regularmente;
  4. Pianos que são afinados regularmente, são afinados em média uma vez ao ano;
  5. Leva para um afinador de piano, em média, duas horas para afinar um piano, contando a viagem;
  6. Cada afinador de piano trabalha 8 horas por dia, 5 dias na semana e 50 semanas ao ano.

Vale lembrar que a resposta vai estar tão boa quanto as suposições feitas, ou seja, para resultados próximos do real, é necessário que as suposições feitas sejam plausíveis.

Portanto, para calcular o número de afinadores, primeiro descobrimos quantas afinações de piano são feitas por ano. Assim temos que:

(9 milhões de pessoas) / (2 pessoas por casa) X (1/20 casas que possuem piano) X (1 afinação do piano por ano) = 225 mil afinações por ano.

Agora, calculamos quantas afinações de piano cada afinador de piano faz em um ano. Para isso temos que (50 semanas/ano) X (5 dias por semana) X (8 horas por dia) / (2 horas cada afinação) = 1000 afinações de piano por afinador de piano.

Dividindo, um pelo outro, chegamos ao número de afinadores de piano na cidade de Chicago (225 mil pianos afinados por ano em Chicago) / (1000 afinações de piano por afinador de piano) = 225 afinadores de piano em Chicago.

O número verdadeiro de afinadores de piano era cerca 290 afinadores. Isso mostra que o número estimado é compatível com o real.

Fermi fez isso, primeiro, separando o que é conhecido do que não é conhecido. Ele lidou com questões básicas primeiro, e depois pensou em suposições subsequentes. É dessa forma que boas previsões são feitas.

Ancoragem e Primeiro Uma Visão Externa

Como cada situação é única, evite se precipitar em julgar um caso. A melhor forma de abordar qualquer pergunta é adotar uma visão externa. Isso significa descobrir qual é a probabilidade inicial de um acontecimento.

A razão por trás dessa visão externa surge de um conceito denominado de ‘ancoragem’.

Uma âncora é um valor inicial. Antes de pensar em qualquer outra coisa, você precisa de uma âncora.

Se, ao invés de usar uma âncora, você iniciar com detalhes mais profundos, provavelmente sua previsão ficará longe de qualquer âncora ou valor preciso.

Por exemplo, pense em uma família italiana que vive em uma casa modesta nos Estados Unidos. O pai é bibliotecário e a mãe trabalha meio período em uma creche. Além disso, eles vivem com seus filhos e com a avó.

Para você, quais as chances dessa família ter um animal de estimação?

Ao invés de primeiro pensar nos detalhes da situação de vida da família, você deveria começar primeiro pesquisando a porcentagem de lares americanos que têm um animal de estimação.

Em uma rápida busca no Google você descobriria que o valor é de 62%. Isso representa a sua visão externa.

A partir disso, você pode adotar uma visão interna, que te dá os detalhes para que você ajuste a porcentagem da maneira certa.

Nesse exemplo, você poderia pesquisar a porcentagem de famílias italianas, que vivem nos Estados Unidos, que têm animais de estimação.

E, assim, ajustar ainda mais a sua previsão.

Atualizações e Pesquisas Contínuas

Depois que faz a sua primeira previsão, não espere para ver se está certa ou não, atualize e modifique o seu julgamento baseado em novas informações.

Para fazer uma atualização com habilidade, observe atentamente os detalhes fazendo uma análise criteriosa das informações.

Além disso, não tenha medo de mudar de ideias, mas pense duas vezes a respeito da utilidade das novas informações.

Trabalhar em Grupo Pode Ajudar Nas Previsões

Pessoas que trabalham em grupo são 23% mais precisas em relação a quem trabalha sozinho.

Além disso, pessoas que fazem as melhores decisões, quando são colocadas em um grupo específico para elas, se saem melhor ainda que os grupos regulares.

Para aumentar a eficácia de trabalho no seu grupo, questione precisamente, encorajando as pessoas a repensarem seus argumentos.

Ter precisão no questionamento significa explorar detalhadamente um argumento. Por exemplo, perguntando a definição exata de um termo particular.

Mesmo que as opiniões sejam divergentes, o questionamento revela o pensamento por trás da conclusão, o que permite investigações futuras.

Características Das Boas Previsões

Existe uma série de características que caracterizam uma boa decisão:

  • Previsões devem ser claras, de modo que seja fácil para qualquer observador concordar ou discordar;
  • As previsões precisam de uma data concreta para a realização, é preciso deixar claro quando as coisas acontecerão;
  • As previsões devem ser probabilísticas;
  • As previsões devem usar números específicos para as probabilidades;
  • É preciso fazer muitas previsões.

Resumo do Livro Superprevisões

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